quinta-feira, 2 de julho de 2009

Assisto este ano a FLIP pela internet

Os debates que rolam pelas tendas instaladas no centro de Paraty na Festa Literária Internacional, Flip 2009, custam caro, cerca de trinta reais.
Confesso que nunca paguei. Ia pra lá, perambulava e via tudo de graça. Gastava gasolina, hospedagem e alimentação. Só isso. No mais, eu observava de longe e de perto. Andava feliz pelas ruas de pedra. Me identificava com aquele movimento de gente solta, disposta a se aventurar, a trilhar, a caminhar. Me sentia leve, inspirada, renovada. Depois, o tempo virou, o tempo foi, o tempo fechou, e passou. Reviravoltas do cotidiano. Eixo virando, queixo caindo, dores passando...
E esse ano, resolvi não pisar por lá.
Daí, vejo de outro ângulo tudo que se passa na pequena cidade, reduto de tantos sonhadores como eu e de tantos cenários e de histórias que pude presenciar e protagonizar, todos agora tão distantes, tão perdidos no tempo, tão sem sentido...
Então não viajo mais nessa, viajo em outra, vou para outras feiras, outros eventos.
E se bater saudade, entro na página da FLIP e voo até onde os coleguinhas jornalistas me guiarem, apesar de preferir me guiar sozinha, escolher livremente o que é bom, o que é ruim, o que é certo, o que é errado, o que é suspeito, o que é confiável, onde há perigo e onde há salvação. Acontece que a salvação para uns é a derrota para outros. E quem acha que está salvo pode estar é derrotado.
Enfim, este ano optei por ficar pelo Rio e por aqui me guio.

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