domingo, 28 de novembro de 2010

Caminhos que percorremos pra chegar até aqui

Hoje acordei pensando: Por que só nesse momento tive a ideia de homenagear meus colegas de adolescência, se ontem, nós tivemos um encontro mega histórico, quase pré-histórico, não fossem nossas mesmas carinhas de sempre, um pouco mais cansadas e nossos cabelos, mais curtos, mais claros, mais escuros, mais grisalhos.
Eu devia ter preparado lembrancinhas para entregar a cada um.
Então, para me redimir da culpa, nesta manhã de novembro de 2010, a lembrança que preparei acabou sendo esta:Ao longo desses anos todos, tínhamos 15, 16, 17 e agora estamos nos 35, 36, 37.
É estranho e ao mesmo tempo maravilhoso rever velhos conhecidos de colégio.
Pessoas que já carregavam no sangue suas aptidões, mais ou menos intactas, embora muitos tenham trocado o rumo e o prumo, para descobrir que depois, a gente volta sempre ao lugar comum, ao mesmo lugar.
Tendências para as artes, para as aventuras, para a ciência, para os esportes, para a política, para ... mudanças ou não mudanças.
O que os tornou por fora homens? Talvez a barriga, que cresce um pouquinho, naqueles que se casam. O que muda na aparência das mulheres? Podem ser os cabelos, mais tratados, também por aquelas que se casam.
Cabelo e barriga, não vejo relação.
A vaidade sobe à cabeça das mulheres. A preguiça desce à barriga dos homens? Também não vejo relação.
Palavras, gestos, olhares, risadas e continuo a notar que mesmo os casados, solteiros, enrolados, desenrolados, todos e todas continuam numa busca incessante a fim de entender o que acontece com os seres humanos, que mesmo tendo tudo, perdendo, recuperando, caindo, levantando, uns se abraçando, outros se beijando, trabalhando, estudando, vagabundeando, permanecem um tantinho insatisfeitos.
É uma interrogação que não passa.
Os filhos chegam para amenizar este incômodo.
E a gente vai levando.
Os animais de estimação, também.
Continuamos a levar.
Todos alcançamos uma idade com vasta bagagem nas costas e experiência de histórias boas e nem tão boas para contar. Desde o colega que se casou com a primeira namorada e nos contou de suas tatuagens, até os que ainda estão errando e acertando, caminhando, tentando, com desenhos pelo corpo, pinturas, ideogramas, cicatrizes ou não.
Amigas que levam livros para outras, mas que outras pedem um tempo para aquele tipo de leitura, amigos que já se foram, amigos que só pensam em sexo..., e por que não pensar nisso? Estamos vivos e é mais do que natural.
Colégio Veiga de Almeida Barra. MACVA, FECIART, Olimpíadas, professores inesquecíveis, muita gente conhecida e querida. O terreno foi vendido, a estrutura, de arquitetura tão moderna, derrubada, para dar vida a mais um shopping, quadradão, padronizado, de escritório de negócios a comércio.
Era o colégio mais diferente de todos da região e que formou cidadãos nada convencionais ou caretas. Ainda bem, pois o que seria de nós todos se nos tornássemos evidentes, chatos, boçais, enfadonhos, sem entusiasmo?
Mas se a gente ficar no seria ou no que foi, talvez não tivéssemos dado tantos passos para chegar até aqui, cada um com suas escolhas e arcando com suas consequências.
Faz bem saber...
A inteligência está em não se destruir e nós todos estamos inteiros.
Acontecendo o que tiver que acontecer, pela lei e pela lenda de 2012, o povo quer saber: Haverá lugar no barco de Alexandre Marques de Azevedo para abrigar todos nós?
Depois de Galápagos e Ilha de Páscoa, amplie sua embarcação, comandante!
Suas tábuas podem ser a nossa próxima salvação.
Porque cada hora é uma, cada minuto é único.
Pedra, papel, tesoura. Quem ganha e quem perde? Só jogando pra saber.

Nenhum comentário: