segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Miolos pra que te quiero

As incertezas que me afligem são duas:
Uma é trabalhar sem saber quanto vão lhe pagar, (aqueles típicos arranjos familiares que fogem amplamente de sua formação profissional e caem na camaradagem, na boa vontade, no espírito da comunhão, da ajuda mútua, mas que na verdade, todo mundo sabe que : quem dá a mão é pai, quem faz caridade é monge) e a segunda aflição seriam os casos de amor que não se concretizam em namoro.
São duas coisas estupidamente parecidas.
E que acontecem com muita gente adulta.
Faz alguns meses, aconteceu também comigo.
E como resolver?Deixar de lado, em banho maria, por conta do tempo e do clique na cabeça daqueles que lhe fizeram tal proposta ou ir de encontro aos fatos e esclarecer aos sujeitos em questão qual o real motivo perturbatório, que naturalmente só perturba um lado, o outro lado, nem percebe a consternação causada.
É uma dúvida cruel, e ela vai se arrastando se não for tomada uma atitude.
Mas qual atitude tomar depois que o pior acontece se o melhor já aconteceu e houve a ilusão de que aquilo que era bom continuaria?
O melhor momento é quando você diz sim, aceita e se atreve a fazer o que tem que ser feito.
O pior momento é ver que tudo o que se fez foi em vão, não houve retorno, só silêncio.
Daí deve vir o cuidado com seus miolos, seus neurônios, para que não haja ruídos na comunicação, mas como não haver?
Já houve! Um dos dois lados ou ambos os lados entenderam de forma diferente a mensagem e a comunicação acabou sendo interrompida.
Como fazer para ela retomar?
É preciso voltar lá no início de tudo, do primeiro contato à primeira ação e tornar claro o que ficou confuso.
Que horror.
Trimmmm.
Uma funcionária da empresa de meus irmãos acabou de telefonar pedindo mais dinheiro emprestado, porque eles são legais e bonzinhos e emprestam mesmo, enquanto que eu, não recebi até hoje por um serviço que fiz há dois meses na empresa de um de meus parentes.
Pediram para eu continuar... mas sem saber nem quanto vou ganhar?
Ora essa, e a cara de pau mandou um abraço ali na esquina.
Só rezando ou frequentando o CEMA(*), né?
((*)Centro Espírita Maria Angélica)
Depois de anos de ateísmo olha onde vim parar...
Até algumas leituras estão me confundindo ainda mais... Estou profundamente irritada com o livro : "Nossos filhos são espíritos", bestseller de Hermínio C. Miranda. No início a leitura desce, depois vai se instalando um nó na cuca, você olha pros lados e começa a perceber que todo mundo é meio zumbi... "Decifra-me ou te devoro."
Mas que saco. Quanto mais se vive, mas está difícil resolver algumas questões.
Dinheiro e amor... parentes, serpentes...
O que fazer com tanto cabelo castanho na cabeça?
De que adianta saber um monte de coisas, falo das causas e dos efeitos, se o outro lado pouca se importa ou nem quer saber?
Livros explicativos que não explicam nada. Um povo frequentando uma reunião e depois da palestra, cada um pra um lado, não se juntam, ninguém sabe o nome de ninguém.
Ah, sabe, estou por um triz para largar de mão isso também.
Ser humano... eu me enquadro... bando de malucos. Uns imitando os outros pra poder sobreviver.
A carne é fraca.
E o espírito ... santo.

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